segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Memorial Reflexivo
Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC
NTE Porto Nacional – TO
Turma da professora Elisângela dos Santos Menezes
Cursista: Maria Gorete Rodrigues Vieira
Quando começamos o Curso Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC - em abril deste ano, colocávamos nossas expectativas em relação ao curso. Agora, ao concluí-lo com o seu quarto módulo, posso dizer que ele foi alem do que eu esperava. É fato que eu já tinha uma certa experiência com tecnologias voltadas para a educação, mas sempre aprendemos algo novo quando nos dispomos a investigar e estudar mais.
Foram aprendizados muitos significativos, em termos práticos como a criação de blog, uma melhor compreensão de hipertexto e aplicação de hiperlinks, produzir materiais em slides e logar no google docs para gerar o HTML para postagens virtuais e mais familiaridade com as interações através dos fóruns e blogs dos colegas. E o material de estudo nos ofereceu boas leituras sobre mídias digitais e outra aprendizagem importante foi a percepção acerca da defasagem do currículo escolar que não está conseguindo acompanhar a evolução tecnológica. Acredito que cada participante entendeu melhor o assunto e percebe a necessidade de mudanças urgentes.
A elaboração de planos de aula e publicação no portal do professor foi um fato interessante que possibilitou um novo olhar para o modo de se planejar aulas mais significativas para os nossos alunos.
É claro que tivemos dificuldades com algumas atividades do curso. Afinal, tínhamos os prazos preestabelecidos para cada atividade e conciliar com a rotina de trabalho da escola foi um desafio superado graças a facilidade do curso ser, na sua maior parte, on line. Isso possibilitou uma melhor administração do tempo. Geralmente, desenvolvi minhas atividades em casa à noite, de modo tranqüilo e sem interrupção.
Durante a realização de atividades como na preparação de slides foi muito legal. A atividade pedia para produzir uma animação utilizando textos e poucas imagens, usando transição de slides modo automática, dispor a velocidade com tempo zero segundo. Cheguei a comentar no fórum que não entendi. Só depois de ver o resultado da postagem no blog, pude ver o efeito e o compreendi. Aliás, esta parte foi muito interessante. Eu não conseguia trabalhar com o programa slide share. Foi um problema. Fui ao NTE – Porto Nacional, procurei a nossa tutora Elizangela e comentei o que estava acontecendo. Então ela me sugeriu o google docs (que até então eu não tinha nenhuma familiaridade). Fiquei encantada! Sai de lá como uma criança que ganha um brinquedo. O problema foi superado.
A verdade é que depois de se fazer o curso Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC, não dá mais para ficar na mesmice na rotina da escola. Pelo menos eu sinto um desconforto em não poder aplicar imediatamente o pouco que eu experimentei. Mesmo assim, comentando com os colegas, percebo que alguns começam a querer melhorar um pouco e aproveito esses momentos para sugerir, principalmente a questão dos vídeos da TV-Escola que estão no acervo da escola e a utilização ainda é muito limitada e não depende de ter um laboratório de informática para se utilizar. Sinto-me mais segura para orientar um planejamento utilizando os vídeos.
Confesso que após o curso não me sinto preparada para criar um grupo de estudo on line, um fórum, um Chat para interagir virtualmente. Também acho que este não era o objetivo do curso e sim de mostrar as possibilidades das Tecnologias na Educação – que nos permite ensinar aprendendo com revisão constante. Mas, de certa forma, sou uma defensora da utilização de recursos tecnológicos em sala de aula. Desde que ingressei na educação tenho o computador como meu maior aliado. Eu não imagino o meu trabalho sem um computador para auxiliar-me nos mais diferentes tipos de atividades.
A minha sugestão para melhoria da educação em nosso meio com o uso das tecnologias, é que este curso possa fazer parte de um projeto de formação continuada para todos os professores, diretores, coordenadores pedagógicos e assessores do currículo da rede estadual. Acredito que num trabalho conjunto possamos encontrar propostas significativas para a tão almejada adequação do currículo para proporcionar uma educação de qualidade, como ao discutirmos o vídeo de Ladislau Dowbor que deixou claro que a nossa geração de professores não está preparada para promover e absorver as mudanças necessárias na escola em médio prazo. Tão pouco dominar as tecnologias e incorporá-las como ferramentas pedagógicas na aquisição do conhecimento. Prescinde de uma política de capacitação de professores que promova a mudança de paradigmas na educação.
Porto Nacional, 27 de setembro de 2010
Maria Gorete Rodrigues Vieira
sábado, 11 de setembro de 2010
Conceituando Currículo e Sua Integração com as Tecnologias
Estamos no IV Módulo do curso Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC e para realizar a atividade três há dois textos no Guia do cursista que serviram de base: Desafios e possibilidades da integração de tecnologias ao currículo. Pág. 183 e Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações – pág. 187. A referida atividade consiste em após as leituras, apontar as idéias principais, construir um texto buscando responder as perguntas:
O que é currículo?
Quais as contribuições das tecnologias ao desenvolvimento do currículo?
Como integrar efetivamente as tecnologias ao desenvolvimento do currículo?
Como desenvolver projetos no âmbito do currículo?
(basear-se também na experiência vivida na atividade 2B)
Desenvolvimento
De acordo com o texto: Conceituando Currículo e sua Integração com as Tecnologias constante no Guia do cursista do curso Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC (disponível também em: http://rocha.hiperlab.egr.ufsc.br/hiperlab/mec/unidade4/Desafios_e_possibilidades.pdf)
As autoras dizem que “Os estudos sobre currículo ou sobre tecnologias e educação se desenvolveram durante algum tempo desarticulados entre si, o que dificultou o enfoque globalizante na análise dos desafios e problemas emergentes no âmbito da educação que se realiza no meio de uma sociedade caracterizada pela cultura tecnológica. Tal dicotomia tem conduzido à produção de concepções teóricas e atividades nem sempre coerentes entre si.”
No mesmo texto, é colocado que “Sejam quais forem os aspectos preponderantes que dificultaram a integração entre tecnologias e currículo, hoje são inegáveis as potencialidades do uso educativo de tecnologias. Mas este uso traz contribuições significativas à aprendizagem quando acontece integrado a um projeto curricular com clareza da intencionalidade pedagógica voltada ao desenvolvimento da capacidade de pensar e aprender com tecnologias”.
Estabelecendo um comparativo com a opinião do psicólogo espanhol César Coll ao dizer: “entendemos o currículo como o projeto que preside as atividades educativas escolares, define suas intenções e proporciona guias de ações adequadas e úteis para os professores, que são diretamente responsáveis pela sua execução. Para isso, o currículo proporciona informações concretas sobre que ensinar, quando ensinar, como ensinar e que, como e quando avaliar” (2001, p. 45).
Neste ponto, é interessante uma reflexão sobre os currículos em nossas escolas públicas porque o currículo é definido pelo conjunto de saberes produzidos na escola. Entendo que o sistema de ensino, predetermina o que deve ser ensinado, quais os conteúdos deverão fazer parte do currículo escolar, e também a seqüência que estes deverão ser ensinados. Esses currículos proporcionam a massificação do ensino, uma vez que o aluno deve adequar-se e realizar todas as atividades propostas dentro do previsto pelos professores/sistema e não se planeja para cada aluno, mas sim para muitos alunos, de forma linear, hierarquizada em anos seqüenciais e hora aula de 50 minutos. Este formato não é adequado para a pedagogia de projetos a que se refere o segundo texto e foi objeto de trabalho na atividade 2B deste módulo.
Apesar desta atividade ser orientada pelos textos supra não pude deixar de incluir, trechos da entrevista para NOVA ESCOLA (Edição 233, Junho/Julho 2010 ) dada pela Pesquisadora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, coordenadora e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), sobre a tecnologia na sala de aula, por ser muito atual e pertinente às nossas discussões.
NOVA ESCOLA perguntou o que é preciso para que a tecnologia seja integrada ao currículo? Ao que ela respondeu: O currículo da sala de aula não é apenas o prescrito. Ele se desenvolve do que emerge das experiências de alunos e professores, do diálogo entre eles. Nesse sentido, o uso das TICs pode auxiliar muito porque, quando é desenvolvido um currículo mediatizado, é feito o registro dos processos e com essa base é possível identificar qual foi o avanço do aluno, quais as suas dificuldades e como intervir para ajudá-lo. Isso é pouco aproveitado ainda.
Nesta entrevista para NOVA ESCOLA, a especialista no uso de novas tecnologias em Educação, formação docente e gestão, falou sobre os problemas na formação inicial e continuada dos professores para o uso de TICs e de como integrá-las ao cotidiano escolar.
Aqui podemos tecer um paralelo com o segundo texto: Pedagogia de projetos fundamentos e implicações de Maria Elisabette Brizola Brito Prado: “Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, de levantar dúvidas, de pesquisar e de criar relações, que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento. E, portanto, o papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmissão de informações – que tem como centro do processo a atuação do professor –, para criar situações de aprendizagem cujo foco incide sobre as relações que se estabelecem neste processo, cabendo ao professor realizar as mediações necessárias para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está aprendendo, a partir das relações criadas nessas situações.
No entanto, para fazer a MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA, o professor precisa acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, ou seja, entender seu caminho, seu universo cognitivo e afetivo, bem como sua cultura, história e contexto de vida. Além disso, é fundamental que o professor tenha clareza da sua intencionalidade pedagógica para saber intervir no processo de aprendizagem do aluno, garantindo que os conceitos utilizados, intuitivamente ou não, na realização do projeto sejam compreendidos, sistematizados e formalizados pelo aluno “(p.187).
Voltando para a entrevista na revista Nova Escola, outra abordagem significativa foi sobre webcurrículo – que segundo ela é o currículo que se desenvolve por meio das tecnologias digitais de informação e comunicação, especialmente mediado pela internet. Uma forma de trabalhá-lo é informatizar o ensino ao colocar o material didático na rede. Mas o webcurrículo vai, além disso: ele implica a incorporação das principais características desse meio digital no desenvolvimento do currículo. Isto é, implica apropriar-se dessas tecnologias em prol da interação, do trabalho colaborativo e do protagonismo entre todas as pessoas para o desenvolvimento do currículo. É uma integração entre o que está no documento prescrito e previsto com uma intencionalidade de propiciar o aprendizado de conhecimentos científicos com base naquilo que o estudante já traz de sua experiência. O webcurrículo está a favor do projeto pedagógico. Não se trata mais do uso eventual da tecnologia, mas de uma forma integrada com as atividades em sala de aula.
Para concluir, a reforma do currículo não deve mais ser adiada para que a escola possa acompanhar o desenvolvimento tecnológico e fazer sentido para os alunos. Pois, a escola como está, em muitos casos é um mundo estranho, obsoleto, sem sentido para as novas gerações. E a pedagogia de projetos prescinde dessa atualização curricular, de um novo olhar na formação de professores.
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Planejando atividade com Hipertexto ou Internet
Sub-tema: Hipertexto ou Internet
Estamos finalizando o Módulo II do Curso Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC
A atividade 4 com o tema: Planejando atividade com Hipertexto ou Internet, consiste na elaboração de um Plano de Aula aplicando esses recursos e na aplicação do referido plano.
Eu viajei com a proposta. Desejei fazer um plano de aula interdisciplinar, acho mesmo multidisciplinar, para executá-lo com a equipe de professores da minha escola, com o objetivo de torná-los multiplicadores e conhecedores de novas possibilidades para planejar aulas atrativas e eficazes.
É fato que na nossa escola os alunos ainda não têm a disponibilidade de acesso à rede mundial de computadores. Daí o desafio é maior.
Pensando na proximidade do Dia Mundial do Meio Ambiente – 05 de junho, optei por desenvolver um plano que possa contribuir nesse sentido.
Apostei na exibição de filme de Jorge Furtado – Ilha das Flores – um documentário curta-metragem que é referência nas reflexões sobre como a economia gera relações desiguais entre os seres humanos, justapondo a uma poesia de Manuel Bandeira – O Bicho. Essa dobradinha promete muita discussão e como resultado um material riquíssimo para nossos alunos.
Preparei o plano de aula, utilizando um computador conectado à Internet, um projetor multimídia (data-show), uma caixa de som amplificada e um telão.
No entanto, o plano está pronto, testei os recursos, inclusive os hiperlinks, mas ainda não o apliquei. Tive bons motivos para não realizá-lo ainda, como: O congresso Pensar de 19 a 22/05 em Palmas e o Encontro de Coordenadores Pedagógicos 25 e 26/07 na DRE, foram dias imperdíveis! Sobremaneira que ficou para a próxima semana.
Da forma como está planejado espero assessorar nossa equipe de professores com a utilização de recursos computacionais. Pena que não tenho os resultados da atividade para postar em tempo hábil. Vale a pena esperar um pouco.
Maria Gorete R. Vieira