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sábado, 11 de setembro de 2010

Conceituando Currículo e Sua Integração com as Tecnologias


Estamos no IV Módulo do curso Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC e para realizar a atividade três há dois textos no Guia do cursista que serviram de base: Desafios e possibilidades da integração de tecnologias ao currículo. Pág. 183 e Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações – pág. 187. A referida atividade consiste em após as leituras, apontar as idéias principais, construir um texto buscando responder as perguntas:
O que é currículo?
Quais as contribuições das tecnologias ao desenvolvimento do currículo?
Como integrar efetivamente as tecnologias ao desenvolvimento do currículo?
Como desenvolver projetos no âmbito do currículo?
(basear-se também na experiência vivida na atividade 2B)

Desenvolvimento

De acordo com o texto: Conceituando Currículo e sua Integração com as Tecnologias constante no Guia do cursista do curso Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC (disponível também em: http://rocha.hiperlab.egr.ufsc.br/hiperlab/mec/unidade4/Desafios_e_possibilidades.pdf)
As autoras dizem que “Os estudos sobre currículo ou sobre tecnologias e educação se desenvolveram durante algum tempo desarticulados entre si, o que dificultou o enfoque globalizante na análise dos desafios e problemas emergentes no âmbito da educação que se realiza no meio de uma sociedade caracterizada pela cultura tecnológica. Tal dicotomia tem conduzido à produção de concepções teóricas e atividades nem sempre coerentes entre si.”
No mesmo texto, é colocado que “Sejam quais forem os aspectos preponderantes que dificultaram a integração entre tecnologias e currículo, hoje são inegáveis as potencialidades do uso educativo de tecnologias. Mas este uso traz contribuições significativas à aprendizagem quando acontece integrado a um projeto curricular com clareza da intencionalidade pedagógica voltada ao desenvolvimento da capacidade de pensar e aprender com tecnologias”.
Estabelecendo um comparativo com a opinião do psicólogo espanhol César Coll ao dizer: “entendemos o currículo como o projeto que preside as atividades educativas escolares, define suas intenções e proporciona guias de ações adequadas e úteis para os professores, que são diretamente responsáveis pela sua execução. Para isso, o currículo proporciona informações concretas sobre que ensinar, quando ensinar, como ensinar e que, como e quando avaliar” (2001, p. 45).
Neste ponto, é interessante uma reflexão sobre os currículos em nossas escolas públicas porque o currículo é definido pelo conjunto de saberes produzidos na escola. Entendo que o sistema de ensino, predetermina o que deve ser ensinado, quais os conteúdos deverão fazer parte do currículo escolar, e também a seqüência que estes deverão ser ensinados. Esses currículos proporcionam a massificação do ensino, uma vez que o aluno deve adequar-se e realizar todas as atividades propostas dentro do previsto pelos professores/sistema e não se planeja para cada aluno, mas sim para muitos alunos, de forma linear, hierarquizada em anos seqüenciais e hora aula de 50 minutos. Este formato não é adequado para a pedagogia de projetos a que se refere o segundo texto e foi objeto de trabalho na atividade 2B deste módulo.
Apesar desta atividade ser orientada pelos textos supra não pude deixar de incluir, trechos da entrevista para NOVA ESCOLA (Edição 233, Junho/Julho 2010 ) dada pela Pesquisadora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, coordenadora e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), sobre a tecnologia na sala de aula, por ser muito atual e pertinente às nossas discussões.
NOVA ESCOLA perguntou o que é preciso para que a tecnologia seja integrada ao currículo? Ao que ela respondeu: O currículo da sala de aula não é apenas o prescrito. Ele se desenvolve do que emerge das experiências de alunos e professores, do diálogo entre eles. Nesse sentido, o uso das TICs pode auxiliar muito porque, quando é desenvolvido um currículo mediatizado, é feito o registro dos processos e com essa base é possível identificar qual foi o avanço do aluno, quais as suas dificuldades e como intervir para ajudá-lo. Isso é pouco aproveitado ainda.
Nesta entrevista para NOVA ESCOLA, a especialista no uso de novas tecnologias em Educação, formação docente e gestão, falou sobre os problemas na formação inicial e continuada dos professores para o uso de TICs e de como integrá-las ao cotidiano escolar.
Aqui podemos tecer um paralelo com o segundo texto: Pedagogia de projetos fundamentos e implicações de Maria Elisabette Brizola Brito Prado: “Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, de levantar dúvidas, de pesquisar e de criar relações, que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento. E, portanto, o papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmissão de informações – que tem como centro do processo a atuação do professor –, para criar situações de aprendizagem cujo foco incide sobre as relações que se estabelecem neste processo, cabendo ao professor realizar as mediações necessárias para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está aprendendo, a partir das relações criadas nessas situações.
No entanto, para fazer a MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA, o professor precisa acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, ou seja, entender seu caminho, seu universo cognitivo e afetivo, bem como sua cultura, história e contexto de vida. Além disso, é fundamental que o professor tenha clareza da sua intencionalidade pedagógica para saber intervir no processo de aprendizagem do aluno, garantindo que os conceitos utilizados, intuitivamente ou não, na realização do projeto sejam compreendidos, sistematizados e formalizados pelo aluno “(p.187).
Voltando para a entrevista na revista Nova Escola, outra abordagem significativa foi sobre webcurrículo – que segundo ela é o currículo que se desenvolve por meio das tecnologias digitais de informação e comunicação, especialmente mediado pela internet. Uma forma de trabalhá-lo é informatizar o ensino ao colocar o material didático na rede. Mas o webcurrículo vai, além disso: ele implica a incorporação das principais características desse meio digital no desenvolvimento do currículo. Isto é, implica apropriar-se dessas tecnologias em prol da interação, do trabalho colaborativo e do protagonismo entre todas as pessoas para o desenvolvimento do currículo. É uma integração entre o que está no documento prescrito e previsto com uma intencionalidade de propiciar o aprendizado de conhecimentos científicos com base naquilo que o estudante já traz de sua experiência. O webcurrículo está a favor do projeto pedagógico. Não se trata mais do uso eventual da tecnologia, mas de uma forma integrada com as atividades em sala de aula.
Para concluir, a reforma do currículo não deve mais ser adiada para que a escola possa acompanhar o desenvolvimento tecnológico e fazer sentido para os alunos. Pois, a escola como está, em muitos casos é um mundo estranho, obsoleto, sem sentido para as novas gerações. E a pedagogia de projetos prescinde dessa atualização curricular, de um novo olhar na formação de professores.

Um comentário:

  1. Oi Gorete!

    Antes de tudo,obrigada por sua Visita ao meu Blog Cantinho do Coordenador Pedagógico viu? Antes que esqueça,agora sua Seguidora!! O seu Espaço Virtual é extremamente Enriquecedor e Hiper Reflexivo!!! Parabéns!

    Essa Postagem reflete uma Preocupação não apenas Unilateral,mas,sim Globalizada mesmo,pois,Os Currículos precisam e devem ser Referenciais determinantes ao Avanço Produtivo do Processo de Conhecimentos Significativos dentro das Escolas! Enquanto os Currículos não forem realmente alicerçados solidamente,os resultados continuarão sempre,nos deixando "A VER NAVIOS",QUANDO O ASSUNTO FOR " UMA APRENDIZAGEM REAL E SIGNIFICATIVA PARA AS NOSSAS ESCOLAS",BEM COMO;PARA OS NOSSOS ALUNOS.

    Beijos da Amiga Bloguista e mais Nova Seguidora:

    Reijane Passos.

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Planejando atividade com Hipertexto ou Internet




Sub-tema: Hipertexto ou Internet





Estamos finalizando o Módulo II do Curso Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC

A atividade 4 com o tema: Planejando atividade com Hipertexto ou Internet, consiste na elaboração de um Plano de Aula aplicando esses recursos e na aplicação do referido plano.

Eu viajei com a proposta. Desejei fazer um plano de aula interdisciplinar, acho mesmo multidisciplinar, para executá-lo com a equipe de professores da minha escola, com o objetivo de torná-los multiplicadores e conhecedores de novas possibilidades para planejar aulas atrativas e eficazes.

É fato que na nossa escola os alunos ainda não têm a disponibilidade de acesso à rede mundial de computadores. Daí o desafio é maior.

Pensando na proximidade do Dia Mundial do Meio Ambiente – 05 de junho, optei por desenvolver um plano que possa contribuir nesse sentido.

Apostei na exibição de filme de Jorge Furtado – Ilha das Flores – um documentário curta-metragem que é referência nas reflexões sobre como a economia gera relações desiguais entre os seres humanos, justapondo a uma poesia de Manuel Bandeira – O Bicho. Essa dobradinha promete muita discussão e como resultado um material riquíssimo para nossos alunos.

Preparei o plano de aula, utilizando um computador conectado à Internet, um projetor multimídia (data-show), uma caixa de som amplificada e um telão.

No entanto, o plano está pronto, testei os recursos, inclusive os hiperlinks, mas ainda não o apliquei. Tive bons motivos para não realizá-lo ainda, como: O congresso Pensar de 19 a 22/05 em Palmas e o Encontro de Coordenadores Pedagógicos 25 e 26/07 na DRE, foram dias imperdíveis! Sobremaneira que ficou para a próxima semana.

Da forma como está planejado espero assessorar nossa equipe de professores com a utilização de recursos computacionais. Pena que não tenho os resultados da atividade para postar em tempo hábil. Vale a pena esperar um pouco.

Maria Gorete R. Vieira











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